Nossa História de Amor (parte 3)

Capítulo 5 de 365: 

"Elle me dit qu'elle n'aime que les mots doux anglais, et j'expire un Shakespeare très français..."

- BB Brunes

[TON:] Aí eu fui pra França. E, em mais uma ironia da vida, a distância foi o que nos aproximou. Conversávamos diariamente pelo bate-papo do Facebook, e até bem tarde, antes de irmos dormir. Como ela disse, tínhamos assuntos pra horas de conversa... Mas, pelo menos da minha parte, não tinha nada de romantismo, era mais conversa de amigos mesmo.

[MARI:] De minha parte também não tinha interesse romântico, tinha apenas interesse: eu queria muito que ele me trouxesse um livro em francês. Na época ele dava aulas de francês na igreja, em preparação para a JMJ... Hoje, o livro serve apenas para ostentação. Desisti do francês ao descobrir que padaria se chama boulangerie - um nome altamente despropositado para um estabelecimento que vende pão...

[TON:] Enfim, com tanta conversa, acabamos criando intimidade e viramos confidentes. Com tanto conhecimento um do outro, não deixamos mais de nos falar: mesmo depois de eu voltar do intercâmbio, vivíamos juntos no WhatsApp, e nossa cumplicidade crescia a cada dia.

[MARI:] Só que, com o tempo, né, eu passei a perceber que... Vai que, né? Aí entram 3 dos nossos padrinhos.


Capítulo 6 de 365: 
"I'm lucky I'm in love with my best friend"

- Jason Mraz e Colbie Caillat

[MARI:] Na época, tocávamos nas missas juntos. Por algum motivo desconhecido pela humanidade, Elisa Maria baile de favela conseguiu arrancar de mim que eu talvez tivesse interesse em Wellington. Pedi segredo; logo, obviamente, ela contou pra Thuanne, que contou pra Lucas. Nós quatro tivemos uma ideia brilhante: perguntar para o Davi - irmão do Wellington e namorado da Elisa - se ele achava que poderia rolar algo. A resposta foi categórica: não!


[TON:] Ele me conhecia. Ele sabia o que eu já tinha sofrido por essa menina. De todas as vezes que eu ouvi "Me Abraça", da Banda Eva na repetição. E sabia que eu tinha superado ela. Que eu tinha me resignado a nunca estar com ela (e talvez mais ninguém) na minha vida. E sabia que eu estava feliz assim, porque estava focado no trabalho e na faculdade. A resposta não podia ser outra. Só que, ironicamente, ele não me conhecia. Aparentemente, nem eu me conhecia. Eu estava mais próximo dela do que nunca! Mas não sabia que isto significava que eu queria ela mais perto de mim permanentemente. Até que chegou o dia em que a ficha caiu: o Lucas decidiu falar comigo.



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