Capítulo 10
"E ela vem toda de branco, toda molhada e despenteada: que maravilha, que coisa linda que é o meu amor!"
-- Toquinho e Jorge Ben
[TON:] Estava eu no portão e lá vinha ela... Correndo de nervoso. Entrou no carro e eu disse: "calma, você tá linda!". Ela riu e prosseguimos viagem.
Como combinado, fomos ao São Gonçalo Shopping assistir a um filme. A escolha era estratégica: não sendo em Niterói, seria mais difícil encontrar alguém e ter que explicar a natureza jurídica do nosso encontro, que, até então, não havia dado nenhuma indicação de que iria ser um sucesso. Então, compramos o ingresso e, enquanto esperávamos a sessão, fomos até as Lojas Americanas comprar chocolate. Pegamos uma barra de Nestlé Alpino e fomos pagar. Adivinha quem estava na nossa frente na fila do caixa? Se você disse "ex" ou "amiga fofoqueira", errou. (Bem podia ser, ia animar legal a história) Mas era a prima dela. E vocês sabem como criança é questionadora. A gente olhou pra ela e é como se ela estivesse dizendo: "Tia, quem é esse aí? É o seu marido? Vocês casam quaaando?"
Mas ela disse apenas "oi".
[MARI:] O Wellington exagera pouco... Foi um simples oi e pra gente já foi horrível porque a ideia toda era NÃO encontrar pessoas.
Pagamos o Alpino.
Fila para entrar no cinema.
Entramos no cinema.
Sentamos nos nossos lugares.
E...
Nada.
Será que ele só chamou por amizade, gente? Meu amigo, eu passei rímel e perfume por você e você só quer assistir filme?????
Capítulo 11
"Splish, splash, fez o beijo que eu dei..."
"Splish, splash, fez o beijo que eu dei..."
-- Wanderléa
[TON:] Pô, eu nunca tinha chamado ninguém pra um encontro, não tenho muita ideia de qual é a deixa para beijar.
Eu sei, eu sei, tínhamos decidido nos dar uma chance no último capítulo, mas acho que meu respeito às mulheres me deixou um pouco sem saber se eu estaria ou não estuprando ela ao beijá-la. Eu precisava da "deixa". Ela estar sentada ali do meu lado, cheirosa, arrumada, tendo concordado em sair comigo, não era o suficiente. Então, continuamos a assistir o filme normalmente. E eu decidi abrir o chocolate para comer. Aí ela me beijou.
[MARI:] Ah não, né!!! Eu tava nervosa já! Não tinha um abraço, uma pegada na mão, nada! Minha ansiedade atacou, eu precisava saber o que estava acontecendo. Ver ele abrindo o chocolate foi a gota d'água. Beijei mesmo.
[TON:] Bem, se tinha uma "deixa" mais clara que essa, meu amigo... Passamos o filme todo nos beijando. Foi uma ótima tarde. Claro, eu ainda estava um pouco nervoso; fomos para casa discutindo nomes de filhos (não disse claramente que eram os nossos, mas também não sabia muito o que falar...)
Saindo do cinema, deixei-a na igreja para a aula de catequese, e o cronograma para o qual eu a tinha chamado foi cumprido fielmente.
O resto é história.
O resto é história.
"Nosso sonho não vai terminar (...), se o destino adjudicar, vamos nos encontrar logo mais"
-- Claudinho e Buchecha
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